Friday, January 12, 2007

Sonho

Rompeste incessante como um poema sem fim. Foste palavra. Aroma preso à minha pele. Abraço sedento do meu corpo…

Num beijo enroscado, perdeste-te entre o corpo húmido da tua língua e na loucura do desejo fizemos juras de amor eterno…

Foste chocolate a derreter-se entre os lábios doridos do teu beijo e no bater do coração, ouvi o meu grito a implorar por ti.

Com as mãos perdidas no escuro abraçaste o silêncio e num suspiro comedido pelo tempo adormeceste entre os lençóis de sonhos…

2 comments:

Anonymous said...

Lindo... Mas, para além de romântico está triste, porquê?

Anonymous said...

Cara Sandra,

"O nevoeiro é frio e sucolento. sobe as escadas rasteiro e acomoda-se debaixo da tua cama. O bafo do nevoeiro atravessa o colchão e cola-se ao teu corpo. Apesar do frio não te atreves a sair da cama. Tens medo que o nevoeiro te roa os dedos dos pés e te esvazie a alma. Se assim for o nevoeiro sairá rasteiro escadas abaixo, levará a tua essência enquanto o teu corpo vazio é quase esquecimento."

... que o nevoeiro não entre por baixo das portas da rua da Aclamação e apague estas descrições maravilhosamente eróticas. Seja Feliz!

António Pedro