Friday, May 26, 2006

Mãos...

As mãos. Sempre as mãos...
Mãos ásperas da vida, do tempo que não perdoou, do tempo que nos vinca o rosto... mãos que sabem de cor o toque ténue dos sentidos.


Senti-las é esquecer que lá fora, ao atravessar da parede gélida, há carros que passam, cães que ladram, pessoas que não se calam.

Mãos incólumes. Ilesas. Intactas.

Mãos que sentem como eu as sinto.

As tuas mãos. As minhas. Ambas, entregues à experiência da sensibilidade.

2 comments:

Anonymous said...

São as mãos que nos amparam quando nascemos. São as mãos doces das mães que nos dão banho em criança. As mãos ásperas do trabalho, com que as avós nos acariciam. São as mãos com que partilhamos brincadeiras de criança. São as mãos do nosso primeiro namorado. São as mãos pequenas dos pequenos da nossa família. São as nossas mãos que crescem e envelhecem. São as minhas mãos que tocam piano. Serão as mãos de alguém a fechar-me as pálpebras no fim.

São as mãos que fazem de nós primatas.

Não Há Longe Nem Distância said...

Para mim as mãos são reveladoras da nossa personalidade. A forma como as cuidamos, como as utilizamos...Quando um homem me atrai reparo logo nas mãos.
Quanto a mim, é o instrumento mais valioso do meu corpo!