A SIMPLICIDADE DOS SONHOS
Foram palavras apenas…
Num discurso sóbrio mas doce, soletraste-me ao ouvido… letras, sílabas, palavras que falavam de amor…
Quis esquecê-las mas elas já existiam em mim.
Perdi-me nelas, enlouqueci, perdi o sono.
Quando dormia encontrava-te nos meus sonhos, tocava-te e desaparecias.
Nesta perseguição infindável perdemo-nos, encontrámo-nos, fugimos, brincámos e até sorrimos. Não nos beijámos!
Repousámos finalmente… Eu no meu sono… e tu no meu sonho!
2 comments:
A distância da ausência não tem compasso certo. Há dias em que as sensações arquivadas na mente despertam para a aventura dos sentidos. É como se as experiências vividas entrassem em ebolição e libertassem um leve vapor que nos embacia os olhos e adormece o presente. E nestes dias as coisas estão tão perto, tão perto que a distância de um dedo é suficiente para lhe tocarmos. Outros dias nada mora em nós, a ausência gelou tudo e as coisas parecem perdidas nos corredores do tempo, como um embrulho esquecido, sem nome, nem morada, que teimas em não reconhecer e muito menos em abrir. E nestes dias a distância é enorme, tão grande que nega a existência da ausência. Nada nos faz falta em defesa do esquecimento.
Ass. António Pedro
Adorei!
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