Tuesday, December 27, 2005

Praia Mil Fontes

«Há palavras que nos beijam,
Como se tivessem boca
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte. »

3 comments:

Olinda Gil said...

Um poema de amor à linguagem...

Anonymous said...

Gosto da tua poesia, denota, no entanto, a falta de amor físico, carnal! Florinhas... palavras! Acorda para a vida antes que seja tarde.

Sandra Policarpo said...

Boa perspectiva! Mas quem disse que tudo o que se escreve reflecte a realidade? Porque é que tudo tem se resumir ao amor físico ou carnal? !!!

Ainda estou à espera de descobrir porque é que toda a gente acha que a carne é a solução para todos os males... Nem as pobres flores escaparam!!!

:)só a olinda é que me compreende!!!